Você sabia que as mulheres ainda são minoria na atuação dos conselhos de administração e nos cargos de diretoria nas empresas?
Segundo a terceira edição da pesquisa realizada pelo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) sobre “Análise da participação das mulheres em conselhos e diretorias das empresas de capital aberto” a presença de mulheres ocupando posições nos conselhos e nas diretorias ainda se mostra incipiente e evolui a cada ano lentamente. Das 389 companhias analisadas, 17,5% não possuem nenhuma mulher atuando no conselho de administração, no conselho fiscal ou na diretora, ou seja, 68 companhias listadas ainda não possuem sequer uma mulher em posição de liderança.
Dos 6.160 profissionais que compuseram a amostra, apenas 15,2% são mulheres e, ao observar as diretorias das companhias avaliadas, há apenas 251 mulheres atuando como diretoras, frente a 1.625 profissionais do gênero masculino ocupando posições na diretoria. (Fonte: Análise da participação das mulheres em conselhos e diretorias das empresas de capital aberto / Instituto Brasileiro de Governança Corporativa - IBGC. - 3. ed. - São Paulo, SP: IBGC, 2023).
Diante desse cenário, é importante refletir: quais práticas as organizações estão desenvolvendo para realizar a efetiva inclusão das mulheres nessas posições de liderança no mercado de trabalho?
Segundo Rachel Maia (conselheira de administração da Vale, Banco do Brasil, CVC e Grupo SOMA) durante entrevista para a revista Forbes: “Quanto mais mulheres integrarem os conselhos das empresas, maior será a pluralidade na gestão. As mulheres estão conectadas à transformação e inovação e são fundamentais nesses processos”. Dessa forma, a presença de mulheres na liderança, além de trazer maior representatividade, traz uma visão especialista em diversos segmentos de atuação, visto que, segundo o levantamento da Linx (empresa especialista em tecnologia para o varejo) as compras realizadas por mulheres em 2022 no Brasil representaram 80% do total das transações. Assim, as mulheres são maiores consumidoras do que os homens, logo, nada mais justo do que elas fazerem parte dos órgãos de governança e ocuparem posições de tomada de decisão dentro das empresas.
A liderança feminina contribui não só para a equidade no mundo corporativo, mas para a rentabilidade das empresas. As mulheres fazem a diferença no alcance dos resultados estratégicos gerando um melhor desempenho econômico para as companhias.